Voz do servidor

Começo com um aviso: este texto vai tomar um rumo inesperado. Antes disso, no entanto, vou contar uma história bastante pessoal. Algumas semanas atrás, me emocionei com o texto de Maria do Carmo Junqueira Avelar, publicado aqui neste mesmo espaço. Ela conta da evolução do Alzheimer em sua mãe, diagnosticada há mais de 15 anos. Além da delicadeza com que ela narra o progressivo desligamento de dona Margarida, o que me causou um nó na garganta enquanto lia o relato foi o fato de ter, eu mesma, um familiar no início dessa jornada.

Não faz muito tempo, meu pai começou a apresentar os primeiros sintomas dessa doença com nome complicado. Espero que a medicina avance pelos próximos 15 anos, para que ele continue me reconhecendo quando for visitá-lo, levando um bom queijo Canastra (ai de mim se chegar na casa dele de mãos abanando). O que une essas histórias não é o Alzheimer, é o amor. Agora que te trouxe até aqui, é hora da guinada anunciada desde o início.

Dia desses, fiquei sabendo do Projeto de Lei Amazônia de Pé. O nome dado ao PL dispensa explicações quanto ao seu objetivo. Mas, se quiser saber mais sobre ele, é só dar um Google. Para ser apresentado, são necessárias 1,5 milhões de assinaturas, e não vale assinatura digital, tem que ser à moda antiga, caneta no papel. Qualquer um pode baixar a ficha para coleta de assinaturas no site oficial, sair pedindo para amigos e família assinarem e depois enviar por correio.

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