Série autismo

“Você não tem cara de autista“; “Mas você trabalha, como pode ser autista?”; “Você é autista, mas é inteligente”; “Achava que você era normal”. Essas são algumas das frases utilizadas, por vezes, pela sociedade, ao referir-se aos autistas, enxergando-os como alguém inferior e menos capaz. Segundo Thamires Lima, da Divisão de Consultoria Legislativa (Divcol), essa crença é baseada no capacitismo, que é o preconceito e discriminação contra pessoas com deficiência. Na oportunidade, a servidora afirma que o capacitismo leva a comportamentos que prejudicam ou até mesmo impedem a participação social da pessoa no espectro em igualdade de condições com as demais.

“O lugar de um autista é onde ele quiser e no trabalho isso não é diferente”, ressalta Thamires, reafirmando que este pode ocupar qualquer cargo em qualquer setor nas organizações. No entanto, ela destaca que a sociedade não leva em conta as necessidades de pessoas com deficiência, tendo como base o capacitismo, ao considerá-las menos capazes que as outras.

Como comportamentos capacitistas, a servidora cita a percepção do autismo como algo negativo, como condição que deve ser melhorada ou curada; e a visão do autista como exemplo de superação, por desempenhar papéis considerados comuns para pessoas sem deficiência. Por fim, aponta como capacitista desconsiderar a necessidade de medidas de acessibilidade voltadas à pessoa no espectro, o que pode prejudicar a sua atuação em igualdade de oportunidades.

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