Voz do servidor

Um dos princípios da política neoliberal vigente no Brasil, moribunda no mundo, é a “destruição do Estado”. O Estado mínimo, o não planejamento econômico e a desregulamentação do mercado são os instrumentos principais na orquestra desafinada que o neoliberalismo nos quer fazer dançar.

Os ataques internos ao Estado Brasileiro, visando seu enfraquecimento, tem seu início no governo Color com a bandeira de “Caça aos Marajás”, vendendo à sociedade a ideia de um Estado enorme, oneroso e ineficiente. Para sucesso de seu intento, os servidores públicos eram a bola da vez e principal vítima dessa política.

No governo Fernando Henrique, apesar da áurea social democrata, a política neoliberal avançou, em especial as privatizações, reduzindo a intervenção do Estado em setores estratégicos, como mineração, metalurgia, telefonia e energia, provocando, um processo de desindustrialização do país e valorização das exportações de commodities agrícolas e minerais e deterioração dos serviços públicos, em especial, nos setores da saúde e da educação.

Nos governos de Lula e Dilma, a política neoliberal não acabou, dado o lobby do setor financeiro, mas sofreu alguns reveses com o fortalecimento de setores do Estado como energia, meio ambiente, educação, saúde e infraestrutura e com a implementação de várias políticas públicas de combate à pobreza e a desigualdade.
O Estado cresce com a admissão de grande número de novos servidores públicos e maior profissionalização das políticas sociais.

Entretanto, o neoliberalismo joga pesado no golpe do impeachment para “interromper a interrupção” sofrida, voltando com tudo a partir do governo Temer, via mudança da política de preços da Petrobrás, adoção do teto de gastos, reforma trabalhista e reforma previdenciária.

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